País pagou R$ 1,1 trilhão de impostos

O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou às 3h30 da madrugada de hoje o valor de R$ 1,1 trilhão. O montante equivale a todos os impostos, taxas e contribuições pagos pelos brasileiros à União, aos Estados e aos municípios neste ano. De acordo com a entidade, esse valor será alcançado com 20 dias de antecedência em relação ao ano passado, quando a marca foi registrada somente no dia 24 de setembro.

  

Para o presidente da ACSP, Rogério Amato, os números mostram que não há mais espaço para aumento da carga tributária e que é necessário implantar mudanças no sistema fiscal do País.

 

“O próximo governo terá que fazer ajuste nas finanças públicas, paralelamente, procurar o setor privado para viabilizar concessões e parcerias e, assim, atacar os gargalos que oneram o setor produtivo e os cidadãos”, observa.

 

Ele menciona as principais medidas para que isso aconteça. “É fundamental restabelecer a confiança dos empresários e dos consumidores, com um programa de ajuste fiscal crível e uma agenda de reformas que, mesmo implementados gradativamente, sinalizem perspectivas de retomada do crescimento”, conclui Amato, que também é presidente da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo) e presidente-interino da CACB (Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil).

 

Gastos mensais – Claro que eles não ficariam de fora: os gastos mensais fixos dos brasileiros também contêm alta carga tributária. Exemplo disso são as contas de água, luz e gás, cujos percentuais de de tributos embutidos são de 24,02%, 48,28% e 34,04%, respectivamente. Já nas contas de telefone e de TV por assinatura, a carga é de 46,12%.

 

Para usar transporte coletivo no dia a dia, o passageiro paga 33,75% de imposto, e a gasolina usada por quem prefere o carro para circular no dia a dia tem carga de 53,03%. Para se cuidar, os brasileiros e brasileiras também pagam muito imposto: 26,32% dos gastos no salão de beleza correspondem a tributos, e no caso da mensalidade da academia, 26,86%.

 

Nem os itens referentes a educação não escapam: a carga é de 26,32% nas mensalidades de escolas e universidades particulares, segundo o levantamento do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) – fornecedor dos dados que também abastecem o Impostômetro.

  

Fonte: Diário do Comércio