Brasil têm 3º pior clima econômico da América Latina, aponta FGV

Entre as 11 economias avaliadas pelo Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina, apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com o instituto alemão Ifo, o Brasil aparece apenas na frente de Argentina e Venezuela.

Nos últimos 12 meses, todos os demais mercados conquistaram melhor posição no ranking.

 

O ICE médio do País é de 93 pontos. Argentina e Venezuela, de instabilidade política e econômica bem superior à do Brasil, têm 73 e 22 pontos, respectivamente.

 

Quando considerada a média dos últimos dez anos, contudo, o Brasil é o quarto mais bem colocado, com 121 pontos, atrás de Uruguai, Peru e Chile.

 

O estudo ainda acrescenta uma nota sobre os potenciais impactos da crise na Argentina sobre o Mercosul. “No Brasil, a crise da Argentina pode afetar o setor automobilístico, mas as exportações totais do Brasil para esse país não chegam a 1% do PIB”.

 

O Brasil ainda aparece como um dos países onde a mudança no rumo da política dos Estados Unidos causa preocupação, destaca a FGV.

 

“De forma geral, os impactos esperados são pequenos, e a região que espera ser mais afetada é a América Latina”, ressalta o estudo, reforçando a situação mais vulnerável do Brasil, do ponto de vista dos entrevistados.

 

Num todo, o ICE da América Latina avançou 8,0% no trimestre encerrado em janeiro, para 95 pontos. Em outubro, o índice trimestral havia registrado 88 pontos. De acordo com os componentes do indicador, houve melhora tanto na percepção do cenário atual quanto no futuro.

 

A Sondagem Econômica da América Latina serve ao monitoramento e antecipação de tendências econômicas, com base em informações prestadas trimestralmente por especialistas nas economias de seus respectivos países.

 

A pesquisa é aplicada com a mesma metodologia em todos os países da região. Em janeiro de 2014, foram consultados 141 especialistas em 18 países. A escala oscila entre o mínimo de 20 pontos e o máximo de 180 pontos. Indicadores superiores a 100 estão na zona favorável e abaixo de 100 na zona desfavorável.

 

Fonte: O Estado de S. Paulo