Brasil é vice-campeão de carga tributária entre os latino-americanos, de acordo com a OCDE. Em toda a América Latina, só os argentinos pagaram mais impostos do que os brasileiros em 2012.
Os números foram divulgados pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
O aumento de 2,6 pontos percentuais na carga tributária argentina em 2012 foi o que colocou o país no primeiro lugar.
O Brasil, que era líder até 2011, está atualmente mais de 10 pontos percentuais à frente do terceiro colocado, o Uruguai.
A média brasileira está mais próxima da OCDE, formada por 34 países, quase todos desenvolvidos.
Veja a comparação entre 18 países da América Latina:
País |
Impostos como % do PIB (1990) |
Impostos como % do PIB (2012) |
Argentina |
16,1% |
37,3% |
Brasil |
28,2% |
36,3% |
Uruguai |
19,6% |
26,3% |
Bolívia |
7,2% |
26,0% |
Costa Rica |
16,1% |
21,0% |
Chile |
17,0% |
20,8% |
Equador |
7,1% |
20,2% |
México |
15,8% |
19,6% |
Colômbia |
9,0% |
19,6% |
Nicarágua |
14,1% (1994) |
19,5% |
Panamá |
14,7% |
18,5% |
Peru |
11,8% |
18,1% |
Paraguai |
5,4% |
17,6% |
Honduras |
16,2% |
17,5% |
El Salvador |
10,5% |
15,7% |
Venezuela |
18,7% |
13,7% |
Rep. Domin. |
8,3% |
13,5% |
Guatemala |
9,0% |
12,3% |
Média Am. Lat. |
13,6% |
20,7% |
Média OCDE |
32,9% |
34,1% (2011) |
A carga tributária brasileira não só é a segunda mais alta da América Latina como vem subindo sistematicamente.
Em 1990, estava em 28,2% do PIB. Em 2000, chegou a 30,1% do PIB e nunca mais caiu abaixo deste patamar.
Desde então, as únicas quedas foram em 2003 e 2009. Só entre 2010 e 2012, o aumento foi de 3,1 pontos percentuais.
Em países como Venezuela, a participação dos impostos no PIB caiu mais de cinco pontos percentuais em duas décadas.
Veja a evolução da carga tributária brasileira ao longo dos últimos 20 anos:
Ano |
Impostos como % do PIB do Brasil |
1990 |
28,2% |
1994 |
29,2% |
1995 |
27,0% |
1996 |
26,4% |
1997 |
26,6% |
1998 |
27,4% |
1999 |
28,7% |
2000 |
30,1% |
2001 |
31,0% |
2002 |
31,7% |
2003 |
31,2% |
2004 |
32,1% |
2005 |
33,1% |
2006 |
33,1% |
2007 |
33,8% |
2008 |
34,0% |
2009 |
32,6% |
2010 |
33,2% |
2011 |
34,9% |
2012 |
36,3% |
Fonte: Revista Exame